Projeto “Prato Cheio” beneficia 937 famílias com Cestas Básicas.

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937 famílias de Cachoeira do Piriá foram beneficiadas com cestas básicas, nesta sexta-feira, 05, pelo projeto “Prato Cheio” do Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social em parceria com a Confederação Nacional dos Municípios – CNM e a Associação Comercial Industrial e Agro de Mãe do Rio – ACIAMAR. Os contemplados foram escolhidos pela SEMAS, que levou em consideração o perfil socioeconômico de cada munícipe.

A primeira edição do projeto ocorreu no Ginásio Poliesportivo Rosalvo Macedo Pinto, e é mais uma ação paliativa da pandemia, que busca minimizar os impactos econômicos causados pelo coronavírus, como explica, Lurdinha Moreira Martins secretária de assistência social. “O nosso papel é dar suporte para as famílias, pra que elas tenham capacitações e qualificações, e assim geração de renda e consigam caminhar sem depender de nenhum órgão público para o seu sustento. Mas entendemos que essas cestas beneficiarão famílias que nesse período de pandemia perderam os empregos, ou teve diminuição da renda mensal. Esse momento vai trazer um pouco de acalento pra essas pessoas que já sofreram tanto”. A secretária também falou sobre o suporte que o CRAS dá as pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social, “as famílias que precisarem, podem procurar diretamente o CRAS mais próximos de suas residências, lá é a porta de entrada pra participar de programas e receber qualquer benefício socioassistencial”.

O projeto também tem como objetivo a valorização do comércio local, ao todo são 15 itens básicos de uso diário em cada cesta básica, todos comprados em um mercado da cidade. Para garantir o controle e auditar os processos, a ACIAMAR ficou responsável pela compra dos ítens. O presidente da associação, Roberto Lima, disse que participar de projetos como esse é uma forma do comércio contribuir com a sociedade. “A gente sabe que já existia uma grande carência quando se fala em alimentação, com a pandemia essa situação se agravou, então essa é a forma da gente dar a nossa contrapartida”.

Durante a seleção das famílias beneficiadas foram realizadas visitas domiciliares pela coordenação da secretaria de assistência social, para verificar se todos estão dentro do perfil. Patrícia Lima, uma das coordenadoras da SEMAS, reforçou a preocupação de selecionar gente de todas as áreas habitadas, “as famílias que receberam essa cestas não são apenas da cidade, aqui tem gente de todas as vilas e comunidades do interior, gente que viajou mais de uma hora pra vir receber sua cesta. O nosso objetivo é tirar essas pessoas da total vulnerabilidade social, e garantir os direitos de todas elas. trabalhamos na defesa dos munícipes”. Foi levado em consideração a renda familiar, o CadÚnico do Governo Federal e todos os contemplados precisavam estar cadastrados em uma unidade do CRAS e ser participante de um dos projetos sociais do município.

Para Dona Maria, de 56 anos, os alimentos vieram na hora que, a família de oito pessoas, estava mais precisando. “A gente mal ‘tá’ tendo o dinheiro do arroz, do feijão. Nessa cesta aqui vem água sanitária, o café, a bolacha. O pobre já sabe, um dia tem, outro dia não tem, e a gente vai levando a vida. E eu agradeço, porque vai me servir muito, agora eu não vou precisar tirar o dinheiro da carne e do peixe pra comprar o arroz.” disse a chefe da família, que tem a principal fonte de renda o programa Bolsa Família, porque que o processo de aposentadoria ainda está em tramitação.

Já Charlilia Gomes viajou por uma hora na estrada de chão da comunidade do Enche Concha até o centro da cidade, pra garantir a cesta básica da família. No meio do caminho um percalço, teve que trocar o pneu da moto que furou, mas mesmo assim, Charlilia não desistiu e reconhece a importância do projeto, “Hoje em dia o feijão da caríssimo, e a gente ganhar esse alimento é muito importante. Eu sou muito grata por isso”. A família da moça de 23 anos sobrevive de pequenos bicos que a mãe faz, quando não tem dinheiro pra comprar comida, o jeito é ir pegando fiado no mercadinho próximo de sua casa. “A gente ‘tá’ vivendo um momento muito difícil pra todo mundo, e qualquer ajuda é bem-vinda. Eu acredito que o pouco pra Deus é muito, e isso aqui ‘tá’ nos ajudando bastante, a minha família e muitas outras vão estar bem alimentadas”.

Escrita por Eduardo Auad

ASCOM/Prefeitura de Cachoeira do Piriá

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